Indicada para doenças venéreas, gota, cloroses, amenorréia, malária, cistite, anorexia, convulsões, flatulência, estimulante dos rins, do fígado e do coração, febres de malária, testículos inflamados, ciática, epilepsia, amenorréia, atonia uterina, formigamento do corpo, braços adormecidos, frieiras, hidropisia, afecções cutâneas, eczema seco e orquite.
O extrato aquoso do córtex apresenta atividade antimicótica de células vegetais. O extrato das raízes inibe o crescimento de Staphylococcus aureus, asseverando o uso popular em feridas e inflamações da pele. O extrato aquoso do lenho apresenta ainda atividade antiviral contra o vírus da Herpes simplex.
O Cipó-mil-homens é anti-helmíntica, antiespasmódica, anti-histérica, sedativa, emenagoga, antipirética (via oral), antiinflamatória, antisséptica, anestésica, antinevrálgica sudorífica, estimulante, emenagoga, febrífuga, diurética, anti-reumática, aperiente, tônica, estomáquica, depurativa do sangue, antiofídica e antiaracnídica.
Do Cipó-mil-homens é utilizado as raízes e o caule.
Uso:
• Infuso ou decôcto: 2,5%; 50 a 200 ml/dia (internamente); 5% (externamente).
• Pó: 1 a 5g/dia.
• Vinho, xarope e elixir: 20 a 100 ml/dia.
• Extrato alcoólico: segmentos do caule contusos e macerados em álcool para aplicação tópica em mordida de serpentes.
• Tintura: 5 a 25 ml/dia.
O Cipó-mil-homens é uma espécie autóctone, nativa das mata Atlântica e encontrada em roças abandonadas
Planta sarmentosa, amarga, aromática, volúvel, perene, autóctone, volúvel, trepadeira, glabra. Caule glabro, com casca grossa, estriada e rugosa. Folhas pecioladas, alternas, deltóide-triangulares, agudas ou obtusas, com ângulos inferiores laterais arredondado-obtusos, sub-cordadas na base, glabras, palmatinervadas tamanho variável, até 11cm de comprimento e 8cm de largura, algo rígidas, subcoriáceas, levemente violáceas dorsalmente. Inflorescência axilar, solitária, uniflora. Flores pequenas, glabras, hermafroditas, amarelo-avermelhadas, mais escuras interiormente, ciliadas, perigônio em forma de jarra com até 3cm de extensão, reticulado e manchado, tendo na base do lábio superior uma mancha orbicular alaranjada. Fruto capsular, subgloboso e elíptico, com sementes escuras achatadas. A raiz é escabrosa externamente, dura e amarela internamente. Exala um aroma forte e de sabor amargo, pouco agradável.
O Cipó-mil-homens é uma espécie tropical, esciófita. É muito susceptível à geadas, o solo ideal para seu cultivo devem ser úmidos, drenados, leves, ricos em húmus e quase alcalinos.
Cultivo:
• Espaçamento: 0,7 x 0,5m.
• Propagação: sementes e estacas do caule e ramos lenhosos. As sementes devem ser postas a germinar em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral, que também serve para as estacas caulinares.
• Plantio: outono (sementes) e primavera-verão (estacas).
• Adubação: 5kg/m2 de húmus de minhoca.
• Mulching: para que não ocorra adensamento do solo, incidência de plantas daninhas e seja mantida a umidade e a temperatura estável no solo, recomenda-se que sejam colocadas palhadas, cascas de arroz ou outra cobertura morta inerte e leve sobre o solo, num raio de 50cm em torno de cada planta.
• Tutoramento: a planta deve ser tutorada em caramanchões, latadas baixas, ou telas de nylon, para se evitar o pisoteio e melhorar a qualidade do produto colhido.
• Irrigação: deve ser feita diariamente durante 10 dias após o plantio. Fazer irrigação sempre que ocorrer um período superior a 3 dias sem chuvas.
• Florescimento: dezembro.
• Colheita: inicia cerca de 10 a 12 meses após o plantio.
Planta Repelente: Acredita-se que o aroma da planta afaste serpentes.

ATENÇÃO:
O Cipó-mil-homens é uma planta abortiva. Existem indícios sobre o efeito carcinogênico do ácido aristolóquico em animais e humanos.
Planta com nome popular curioso mais com propriedades medicinais fortíssimas. A planta foi batizada pelo sanitarista Carlos Chagas, que usou o tal cipó para tratar milhares de operários das ferrovias contaminados por um tipo de malária. Planta trepadeira que costuma se enroscar em árvores das matas brasileiras e não somente nessas terras é utilizada como planta medicinal, pois toda a América do Sul pode ter fácil acesso a seus benefícios milagrosos.
ATENÇÃO: As propriedades medicinais e terapêuticas aqui postadas foram repassadas de geração em geração através do conhecimento popular, portanto, é necessário muita cautela na sua manipulação.
Não toque ou manipule qualquer planta para a produção de remédios caseiros sem antes ter uma prévia avaliação médica da situação do doente.
A manipulação de todo e qualquer espécie vegetal para a extração de propriedades terapêuticas ou medicinais deve ser feita apenas por pessoa com muito conhecimento no assunto e não pode substituir qualquer tratamento receitado por médico. Muitas plantas são tóxicas e podem oferecer risco de morte e demais transtornos. Não nos responsabilizamos por qualquer ato de terceiros com o uso das informações aqui postadas.
0 comentários