Quando Flemming apresentou ao mundo o primeiro antibiótico (penicilina) em meados do século XX, a medicina curativa se sustentava fundamentalmente em medicamentos extraídos das plantas e dos minerais, repassados de geração em geração. E foi desta maneira que por milênios a humanidade tratou seus males.
Com a descoberta do Brasil em 1500, os nossos colonizadores começaram a incorporar a tradição nativa à sua mezinha e, posteriormente, com a chegada dos escravos, também a "medicina africana" foi incorporada, deixando nosso país numa posição privilegiada em termos de recursos e alternativas de cura para diferentes males que afligiam a humanidade na época, formando-se assim a nossa tradição mezinheira.
Com mais de oito milhões e meio de quilômetros quadrados de área, vários tipos de clima e relevo, e com uma fauna e flora incomparáveis no mundo, o Brasil teve condições de manter viva essa tradição que vem passando de pai para filho ao longo dos nossos séculos de existência.
Associa-se a esse privilégio natural a baixa qualidade de vida do nosso povo, mais particularmente as nossas políticas de saúde, que tornam os modernos recursos da medicina inacessíveis à maioria da população. Assim, a grande massa brasileira encontra na tradição fitoterápica, sua imediata e muitas vezes única alternativa de cura.
Com o passar do tempo foram-se registrando através de livros o que essa nossa tradição mezinheira
aconselha para o tratamento e cura de diversos tipos de males e doenças, formando-se assim uma imensa base de dados que foram sendo repassadas ao longo dos anos, inclusive com diferentes tratamentos que, em alguns casos, oferecem várias alternativas para um determinado mal.
A cebola também exemplifica bem que uma única espécie pode ser utilizada para o tratamento de diversos males diferentes, já que nela encontramos mais de quinze indicações diferentes, que vão desde do tratamento de uma simples frieira até ao reumatismo articular.
Mesmo diante de tantas informações, ninguém é mais preparado e mais indicado para lhe aconselhar e prescrever tratamento adequado do que um médico. Em nenhum caso tente fazer um diagnóstico ou receitar alguma coisa para alguém. Essa é uma tarefa exclusiva do profissional de saúde. Veja o tratamento com ervas e plantas, simplesmente, como excelentes coadjuvantes no tratamento.
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