Medicina Popular

Metodologia de Pesquisa com Plantas Medicinais

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A busca constante de novos medicamentos para a cura de inúmeras doenças que afetam a população tem sido realizada por diversas abordagens de estudo. A maneira mais eficaz e promissora encontrada, para obtenção de alternativas de tratamento e até mesmo de curas, está na integração de vários profissionais.
Para maiores interesses científicos, há a necessidade de profissionais que atuem na área de química de produtos naturais e farmacologistas, a fim de que cada etapa do processo de extração, fracionamento, isolamento e purificação dos constituintes da espécie vegetal, seja mais criteriosa e eficaz. Esse procedimento é demorado e requer grande quantidade de materiais de teste.
Além destes profissionais muitos outros são envolvidos, como: etnobotânicos, botânicos, agrônomos, farmacêuticos, ecólogos, médicos e educadores. É um projeto viável somente através de interesses de pesquisadores que se desprendem do lado científico e atuam junto às necessidades das pequenas comunidades.
O pesquisador deve conhecer a sociedade, ter em mente aspectos antropológicos, sociais, culturais e econômicos, sobre o sentido social dos conhecimentos produzidos e as finalidades e perspectivas do fazer científico.
Antes de o pesquisador introduzir-se no campo de pesquisa, deve procurar conhecer melhor a região em que vai trabalhar, seja através de material bibliográfico ou obtendo informações das proximidades da comunidade em estudo.
Para a coleta de informações várias técnicas são utilizadas, como: mapeamento dos locais de coleta de material botânico, entrevistas abertas e fechadas, estruturadas e semi-estruturadas, observação participante, história de vida.
Outra forma de se abordar o informante é levando as espécies vegetais até ele, para identificação e coleta de outros dados.
O material botânico deve ser coletado em número de três a quatro amostras, que após preparação das exsicatas, devem ser depositadas em herbários.

As exsicatas são instrumentos importantes para a identificação de plantas. Armazenadas em locais apropriados permitem a utilização por pesquisadores sem haver necessidade de se deslocar até o local de coleta. Podem ainda conter desenhos, mapas, fotografias e outras informações. Devem ter em primeiro plano as partes mais importantes da planta, por isto não devem ser deixadas flores e frutos encobertos pelas folhas.
O número de informantes vai depender do caráter da pesquisa. Se a pesquisa é de caráter qualitativo, este número é caracterizado pela importância do informante ou pelo número de vezes que a informação obtida aparece. Quando a pesquisa é de caráter quantitativo, vai depender de uma avaliação estatística para determinar qual é a amostra que representa a população em estudo.
Não é tarefa fácil estabelecer uma metodologia para um trabalho etnobotânico, pois devem ser analisadas as questões a quem se destina a pesquisa e a quem servem os conhecimentos produzidos.
Sendo o interesse das partes envolvidas em comum e voltadas para a melhoria das condições de vida da população, com certeza os objetivos serão alcançados.

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